Secretário Rodrigo Rollemberg visita Maués, conhece culturas locais e busca contribuir para o fortalecimento da bioeconomia na Amazônia

Foto: Márcio Gallo - SEV/MDIC

A biodiversidade amazônica é berço de inúmeras espécies de insumos que são a base de uma economia sustentável, sendo importante conhecer suas especificidades. Para tanto, o Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (SEV/MDIC), Rodrigo Rollemberg, cumpriu agenda oficial em Maués, interior do Amazonas, nos dias 26 e 27 de julho.

Rodrigo Rollemberg estava acompanhado por membros da Secretaria de Economia Verde e visitou a região com apoio do deputado federal Sidney Leite, da prefeitura de Maués, por meio do prefeito Júnior Leite, e do deputado estadual Rozenha. Na ocasião, Rollemberg participou de diversas atividades voltadas a conhecer os desafios e oportunidades do desenvolvimento da bioeconomia no coração da Amazônia.

Na sede da Embrapa local, o Secretário de Economia Verde reuniu-se com o supervisor do campo experimental da instituição em Maués, Ribamar Ribeiro, que falou sobre a atividade e as culturas desenvolvidas no local, que vão desde plantio de guaraná até extração do látex da seringueira. Um dos pontos tratados foi a melhoria necessária na produção de mudas de plantas locais para ampliar e melhorar as cadeias produtivas e as condições de trabalho dos produtores locais.

Rollemberg sugeriu, para fomentar as iniciativas desenvolvidas na região, “a apresentação de projetos ao Fundo Setorial da Amazônia (CT-Amazônia), o que pode permitir o recebimento de recursos que contribuam para fortalecer as atividades praticadas em Maués e outras localidades”.

Na mesma linha, o deputado federal Sidney Leite reforçou que pretende atuar para possibilitar investimentos que colaborem para aperfeiçoamento do trabalho realizado pela Embrapa, com reflexos positivos para a sociedade local.

Conhecimento tradicional

Já no Sítio Surucucu, no qual há atividades que envolvem o cultivo de guaraná, alface, açaí e, ainda, um trabalho com meliponicultura, a comitiva da SEV/MDIC conversou com produtores locais que expuseram um pouco da realidade de atividades que envolvem as cadeias produtivas locais. O conhecimento tradicional de quem atua com insumos da biodiversidade amazônica foi destacada pelo produtor Claudomiro Souza, proprietário do sítio, que ainda falou sobre a necessidade de apoio para continuar o trabalho que é realizado em mais de 26 hectares de área de cultivo.

O mesmo conhecimento adquirido por meio de anos de atuação, mas agora com a cultura de pau-rosa, pôde ser vista pelo Secretário Rollemberg e a equipe do Ministério na Usina Magaldi, que trabalha com a extração e obtenção do óleo de pau-rosa, uma iguaria muito utilizada em perfumaria fina, conforme informou o proprietário, Carlos Magaldi.

“Temos uma quantidade média de duas mil mudas por hectare em nossa propriedade, com um trabalho desenvolvido que permite alcançarmos padrões internacionais do óleo extraído aqui, que hoje também pode ser utilizado para fármacos”, disse Magaldi.

Rollemberg solicitou mais informações sobre como contribuir para avançar no desenvolvimento de atividades relativas à bioeconomia local, especialmente diante “do potencial que a bioeconomia amazônica têm uma vez que o tema sustentabilidade tem crescido em evidência e a região oferta uma variada gama de insumos que podem ser aproveitados por diversos segmentos por todo o mundo”.

Agregação de valor

No encerramento do primeiro dia de agenda em Maués, a equipe da Secretaria de Economia Verde seguiu com a comitiva para a D’Amazônia Origens, empresa que atua buscando agregar valor a insumos da região e fomentar a cadeia produtiva local por meio de apoio às atividades praticadas por produtores de Maués. Luca D’Ambros, proprietário da empresa, apresentou diversos produtos desenvolvidos por meio de iniciativas que não demandam alta tecnologia, sendo até um fator positivo para espraiar tal atividade para as comunidades locais. Um dos exemplos demonstrados foi a farinha de castanha, rica em proteínas e que pode ser aproveitada para uso em vitaminadas, mingaus e compostos pré-treino, diante da concentração de até 43% de teor proteico.

“Os próprios ribeirinhos podem produzir super alimentos com tecnologias simples, bastando apenas apoio para isso”, afirmou D’Ambros.

O Secretário Rodrigo Rollemberg ficou muito estimulado a trabalhar em conjunto com a comunidade local e, na condição de presidente do Conselho de Administração do novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), pretende ser um interlocutor para fazer avançar atividades de base sustentável na Amazônia e propiciar melhorias para a sociedade regional.