Semmas lança Projeto Restauração de ecossistemas urbanos

Foto: Valdo Leão

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima da Prefeitura de Manaus (Semmasclima), realizou o lançamento do projeto “Restauração de ecossistemas urbanos: fortalecendo a governança e o ganho de escala da agricultura urbana e periurbana em Manaus-AM”.

O encontro ocorreu nessa terça-feira, 11/6, no auditório localizado no mirante Lúcia Almeida, na avenida 7 de Setembro, no Centro, reunindo representantes da sociedade civil, autoridades, especialistas e consultores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a qual participa da elaboração do projeto.

No mês de fevereiro, a prefeitura realizou a implantação da primeira horta urbana, como parte do projeto, no Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) Lucia Melo Ferreira Almeida, no bairro Novo Aleixo, zona Norte da cidade. Na ocasião, os alunos da Educação Infantil de tempo integral puderam plantar de hortaliças e frutíferas e conhecer mais sobre cada espécie.

A ação foi realizada por meio da Semmasclima, em parceria com professores e alunos do curso de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e faz parte do projeto-piloto da gestão pública municipal de restauração ecológica, por meio de hortas urbanas e periurbanas.

Com o projeto, Manaus foi escolhida, entre 250 cidades do mundo, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Organização das Nações Unidas (ONU), para ser uma das oito cidades a participarem do projeto ‘Generation Restoration’ (Geração Restauração), cujo objetivo é a restauração de ecossistemas urbanos.

Para o secretário municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas, Antônio Stroski, a gestão pública municipal conseguiu posicionar Manaus a nível internacional no que diz respeito à gestão ambiental.

“A cidade foi escolhida com o projeto de restauração de ecossistemas e participa pela primeira vez de um projeto como este, que envolve também as secretarias municipais de Educação (Semed) de Saúde (Semsa), da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc). Temos muito a ser feito e tenho certeza que os resultados serão importantíssimos para a conservação do meio ambiente e qualidade de vida das pessoas que moram em Manaus”, destacou.

O projeto tem outras frentes de atuação, como explicou Stroski. “Outra questão importantíssima nesse processo é que olhamos as condições da vulnerabilidade e insegurança alimentar das pessoas”, afirmou.

Hortas urbanas – com estratégia de educação e conservação e restauração ambiental

A criação da horta urbana no Cime Lucia Melo Ferreira Almeida teve início no fim do segundo semestre de 2023, quando a Semmasclima buscou apoio junto à Ufam. Professores e alunos do curso de Ciências Agrárias da instituição, acompanhados de técnicos das diretorias de Arborização e de Áreas Protegidas da Semmasclima, realizaram visitas em três locais para definirem onde seria iniciado o projeto.

“A receptividade e o interesse de todo o coletivo da escola foram enormes. Nós, juntos com a Semmasclima, fizemos o planejamento de implantação desta horta, com a produção de mudas, preparo do solo e, por último, o plantio realizado hoje”, afirmou o professor do curso de Ciências Agrárias da Ufam, Marco Antônio de Freitas Mendonça.

O Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV está elaborando, junto ao corpo técnico da Prefeitura de Manaus, o projeto de restauração ecológica, por meio de hortas urbanas e periurbanas. Nos dias 11 e 12/6, as equipes técnicas fazem reuniões com conselhos estratégicos, apresentações e visitas de campo, incluindo o Parque das Tribos, no bairro Tarumã, e ao viveiro de produção de mudas, gerido pela Semmasclima.

“O objetivo é a gente identificar as ideias que já existem e podem ser fortalecidas e elaborar um plano que vai mapear espaços da cidade, onde podem ser implantadas iniciativas de agricultura urbana. Como benefícios, o projeto vai ampliar a oferta de alimentos saudáveis, com benefícios à saúde, serviços ecossistêmicos, dentre outros”, concluiu a gestora de projetos da FGV, Jessica Cryssafidis.