Técnicos da Aderr realizam ações de sanidade animal na fronteira com a Venezuela

vacina animal
Foto: Ascom/Aderr

Na última etapa de finalização dos trabalhos da Agulha Oficial e execução de ações com o objetivo de garantir a sanidade animal, técnicos da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária) foram até a comunidade indígena de Mato Grosso, no município de Pacaraima. Foram feitas na localidade, coletas de sangue bovino, vacinação contra febre aftosa, vigilância veterinária e identificação de animais com brincos oficiais personalizados.

Diferente das outras vezes, a ação foi custeada totalmente pelo Governo do Estado, que subsidiou horas de voo e diárias para os técnicos da Aderr. A comunidade Mato Grosso, que tem acesso difícil, fica localizada na Zona de Proteção, na fronteira do Brasil com a Venezuela.

A Zona de Proteção tem grande controle sanitário com trabalhos bem específicos para evitar a entrada no país de produtos contaminados, que podem causar danos à saúde pública e animal de Roraima.

“Vale ressaltar que não foi encontrada nenhuma alteração no rebanho bovino indígena. Isso é um dado importante, porque comprova o trabalho de excelência que estamos fazendo para garantir a sanidade dos animais e fortalecer nossa pecuária em todas as regiões de Roraima”, destacou o governador Antônio Denarium.

AS AÇÕES

Segundo informou Marcondes Tavares, médico veterinário e chefe da UDA (Unidade de Defesa Agropecuária) de Pacaraima, foram coletadas 162 amostras de sangue bovino para sorologia de febre aftosa, vacinados 776 bovinos contra febre aftosa, ações de vigilância veterinária e identificação de 499 animais com brincos oficiais personalizados.

“O trabalho foi realizado com o apoio dos nossos colaboradores indígenas, que atuam com importantes vigilantes da sanidade do rebanho na Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol. Eles têm sido parceiros nesse trabalho de relevância para a pecuária do Estado, pois asseguram um crescimento no setor sem doenças que possam comprometer a produção”, disse o presidente da Aderr, Kelton Lopes.

Marcondes Tavares enfatizou que é sempre muito importante fazer a imunização dos animais dessas comunidades, pois o país vizinho não tem status definido sobre a febre aftosa.

“É uma região de importância estratégica para o Brasil, porque faz fronteira com a Venezuela, país que tem status para febre aftosa desconhecido, e é o pior status que a gente pode ter em relação à doença, pois não se tem dados que possam nos orientar nas ações de combate e erradicação da aftosa,” disse Tavares.