Tragédia em Manaus: 10 anos do acidente que ceifou 16 vidas

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Hoje, Manaus se volta para uma dolorosa lembrança que marca uma década desde a fatídica colisão entre um micro-ônibus e um caminhão na avenida Djalma Batista, que resultou na perda de 16 preciosas vidas, um marco sombrio na história da cidade.

Era uma noite comum, por volta das 19h40, quando o destino virou-se cruelmente contra aqueles que seguiam em seus afazeres diários. Um caminhão desgovernado, avançando em direção ao Centro, invadiu a contramão, encontrando-se de frente com um micro-ônibus Executivo da linha 825, repleto de passageiros.

O laudo pericial, revelado à época, lançou luz sobre a causa do acidente: o motorista do caminhão conduzia a uma velocidade imprudente, excedendo os limites de segurança, e estava sob a influência nefasta de substâncias ilícitas e álcool.

Dezesseis almas foram perdidas naquela trágica noite, entre elas uma mãe em gestação e o pequeno ser que ela acalentava. A comoção foi profunda, ecoando pelos corações da população e deixando uma cicatriz na alma da cidade.

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Em um esforço conjunto, socorristas, bombeiros e outros heróis anônimos mobilizaram-se para resgatar e socorrer o máximo possível de vítimas, demonstrando a solidariedade e a coragem diante da adversidade.

Para honrar aqueles que partiram, um memorial foi erguido sob o viaduto, onde os destinos se cruzaram de forma trágica. Em uma justa homenagem, o local recebeu o nome de Complexo Viário 28 de Março, uma lembrança perpétua da dor e da perda.

Entre os que se despediram precocemente da vida estava Robert da Cunha, 27 anos, o dedicado motorista do Executivo, cuja vida fora interrompida em meio aos seus deveres laborais. Sebastião de Araújo também partiu, deixando cinco filhos órfãos, após um dia de trabalho como tantos outros. E Gabriela Teles Messias, estudante de psicologia, carregava nos seus sete meses de gestação sonhos interrompidos, junto ao seu filho, Davi, cujo nascimento e despedida aconteceram num único e triste evento.

Hoje, recordamos não apenas os que se foram, mas também os sobreviventes, cujas vidas foram para sempre marcadas por essa tragédia. Que este doloroso marco nos ensine a valorizar cada momento e a promover a segurança no trânsito, para que outras famílias não sofram a mesma dor que tantas enfrentaram uma década atrás.