No dia 3 de setembro, o Rio Negro, que banha a capital do Amazonas, registrou uma vazante significativa que acendeu um alerta para uma possível seca recorde, pelo segundo ano consecutivo. Em apenas 24 horas, o nível do rio baixou quase 30 centímetros, uma marca assustadora que indica a gravidade da situação.
Exatamente 27 cm de descida foram registrados de segunda para terça-feira, configurando a maior cota diária de perda de água em 2024, desde o início do período de seca em 23 de junho. Este ritmo acelerado de vazante é motivo de grande preocupação, especialmente porque o rio já está 4 metros mais baixo do que o registrado na mesma época no ano passado.
A aceleração do processo de vazante já causava apreensão há duas semanas. No dia 20 de agosto, o Rio Negro perdeu 20 cm em um único dia. Desde então, a situação só piorou, com a vazante chegando a 26 cm no dia 30 de agosto.
Se a média diária de descida do nível da água se mantiver, o Rio Negro poderá quebrar o recorde de 2023 muito antes do previsto, aumentando o temor de uma seca ainda mais severa e prolongada. Este cenário evidencia a necessidade urgente de monitoramento e possíveis medidas para mitigar os impactos de uma seca histórica na região.