Diante do aumento de alertas de desastres naturais em Manaus, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (UB), anunciou nesta segunda-feira (13/1) que solicitará à Prefeitura informações detalhadas sobre as medidas adotadas para prevenir e mitigar os impactos desses eventos na capital. O pedido foi motivado por dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que indicam Manaus como a capital brasileira com o maior número de alertas emitidos em 2024.
Incidentes alarmantes
O parlamentar destacou a recente ocorrência de um deslizamento de terra no bairro Mauazinho, onde casas desabaram em uma área de risco já conhecida. Apesar de os danos terem sido apenas materiais, Roberto Cidade enfatizou a necessidade de ações concretas. “Precisamos de respostas sobre as medidas implantadas e os planos programados para este ano, principalmente considerando que estamos no período de chuvas intensas no Amazonas, o que agrava os riscos para as comunidades vulneráveis”, afirmou.
Estatísticas preocupantes
Segundo o Cemaden, Manaus registrou 50 alertas de desastres naturais em 2024, liderando o ranking nacional, embora tenha registrado 19 ocorrências, ocupando a 9ª posição no país. Entre os eventos, 53% foram deslizamentos de terra, reforçando a necessidade de atenção às 1.281 áreas de risco identificadas na cidade.
Propostas e planejamento
Para enfrentar os desafios, Roberto Cidade sugeriu a criação de um Comitê Municipal Permanente de Crise, que uniria diversas secretarias e órgãos em uma abordagem integrada. O comitê teria como funções o monitoramento de rios e igarapés, ações preventivas e emergenciais, além de campanhas de conscientização. O deputado também destacou a importância da Lei nº 6.528/2023, que estabelece diretrizes para a adaptação às mudanças climáticas, com foco na redução da vulnerabilidade social e ambiental.
Articulação e ação conjunta
O parlamentar propõe que o comitê trabalhe em conjunto com instâncias estaduais e federais, como o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), para embasar decisões com dados precisos e previsões meteorológicas. Roberto Cidade planeja formalizar as solicitações assim que as atividades legislativas forem retomadas, em 4 de fevereiro, reforçando o compromisso em cobrar ações efetivas e integradas.
“Proteger a população, especialmente os mais vulneráveis, deve ser prioridade. Precisamos de uma estratégia sólida que vá além da resposta a emergências, garantindo segurança e qualidade de vida para todos os manauaras”, concluiu o presidente da Aleam.
