Febre das Figurinhas da Copa – dói no Bolso do Brasileiro, preço varia pelo mundo

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Desde o lançamento oficial para o Brasil, na segunda quinzena do mês de agosto, o álbum de figurinhas da Copa do Mundo do Catar de 2022 despertou a atenção dos entusiastas desse tipo de coleção. E, mais uma vez, um dos pontos mais comentados foi o valor de cada pacote (que contém 5 figurinhas), comercializado a R$ 4.

O aumento de 100% em relação à última edição do evento (o preço do envelope era R$2 em 2018) gerou repercussão. Mas os brasileiros não são os únicos a pagar esse preço para completar o álbum com os maiores craques mundiais. Em outros países, o custo das figurinhas é muito semelhante.

A Argentina tem dois valores por conta de um fator interno do seu mercado de câmbio.

Tabela de valores em Reais. Fonte. Panini

Além da cotação oficial do peso argentino estipulada pelo governo, existe um mercado paralelo em que o dinheiro local vale muito menos em relação às moedas estrangeiras. É o chamado câmbio “blue”. Pelo valor oficial, o peso vale cerca de em relação ao real, mas pelo paralelo, R$ 1 compra mais de 55 pesos. Por isso, um brasileiro que trocasse seus reais numa casa de câmbio em Buenos Aires, por exemplo, pagaria o equivalente a R$ 2,70 por um envelope de figurinhas.

Com base nos valores apresentados na tabela, para completar o álbum no Paraguai, o valor mínimo (134 pacotes, ou seja, 670 figurinhas) seria de R$502,50; enquanto no Reino Unido seria R$804,00 (considerando um colecionador muito sortudo que não tirasse nenhuma repetida).

A paixão pelas figurinhas não fica restrita somente ao Brasil. Crianças e adultos de outros países como Argentina, Bolívia e boa parte da Europa também se empolgam com as coleções a cada 4 anos.

Na Suíça, por exemplo, existe uma edição especial que conta com álbum de capa dura, 100 envelopes de figurinhas e uma caixa decorada que pode ser comprada por 125 francos suíços, ou seja, cerca de 660 reais.

Em alguns países da América do Sul, as figurinhas, os envelopes e a parte externa do álbum têm variações na cor laranja, como é o caso de Argentina e Uruguai, por exemplo.
Segundo o jornal britânico “The Guardian”, no ano de 2018 a empresa Panini faturou o equivalente a US$1,4 bilhão (aproximadamente R$7,25 bilhões) com o álbum da Copa mundialmente.

Informações G1