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Nobel da Paz 2024 vai para grupo de sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki

O diretor da organização Nihon Hidankyo, vencedora do Nobel da Paz, após o anúncio, em 11 de outubro de 2025. — Foto: Moe Sasaki/Kyodo News via AP

A organização japonesa Nihon Hidankyo, composta por sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz 2024. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (11), destacando o papel crucial da organização na luta pela abolição das armas nucleares. O comitê do Nobel enfatizou que a premiação serve como um “lembrete ao mundo dos riscos do uso de armas nucleares”, especialmente em um período marcado por conflitos e tensões globais.

Os membros da Nihon Hidankyo, conhecidos como Hibakusha, representam um movimento de resistência e conscientização sobre os horrores causados pelas bombas atômicas em 1945. Naquela época, os ataques a Hiroshima e Nagasaki resultaram na morte de até 200 mil pessoas, deixando cicatrizes profundas na sociedade japonesa e na memória coletiva mundial. A organização busca educar as gerações futuras sobre os perigos das armas nucleares e a necessidade de um mundo pacífico.

A escolha da Nihon Hidankyo surpreendeu muitos analistas e casas de apostas, que não esperavam a premiação deste grupo específico. No entanto, o comitê do Nobel ressaltou a relevância da decisão diante da crescente escalada de conflitos, como os da Ucrânia, Oriente Médio e Sudão. As ameaças crescentes de uso de armamentos nucleares tornam a mensagem da organização ainda mais pertinente e urgente.

Com esta premiação, o Nobel da Paz 2024 não apenas homenageia os sobreviventes das bombas atômicas, mas também reforça a importância da luta pela paz e desarmamento global. A Nihon Hidankyo continuará seu trabalho vital de advocacy, buscando inspirar mudanças nas políticas internacionais e na percepção pública sobre os riscos associados às armas nucleares. A esperança é que este reconhecimento incentive esforços para um futuro livre de armas de destruição em massa.

Com informações da lusa.pt

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