O Prêmio Nobel de Economia de 2024 foi atribuído a Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson por seus estudos sobre a formação de instituições e seu impacto na prosperidade e desigualdade entre nações.
A cerimônia de premiação ocorreu nesta segunda-feira (14) e destacou como as instituições moldam a riqueza dos países, evidenciando a discrepância entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres do mundo.
Os laureados, pesquisadores respeitados do MIT e da Universidade de Chicago, investigaram as consequências da colonização europeia desde o século XVI. Eles identificaram dois tipos de colônias: aquelas que impuseram “instituições extrativistas”, focadas na exploração de recursos e povos locais, e aquelas que promoveram “instituições inclusivas”, que beneficiaram tanto colonizadores quanto a população local. Essa dinâmica gerou uma “reversão de riqueza”, onde países com instituições inclusivas se tornaram mais prósperos ao longo do tempo.
Acemoglu, Johnson e Robinson também analisaram exemplos práticos, como a comparação entre Nogales, nos Estados Unidos, e sua contraparte no México. A pesquisa revelou que as regiões colonizadas sob instituições inclusivas apresentaram maior desenvolvimento econômico e direitos políticos, enquanto aquelas com instituições extrativistas enfrentam maiores dificuldades sociais e econômicas. Com essa abordagem, os vencedores do Nobel contribuíram significativamente para a compreensão das desigualdades globais e o papel crucial das instituições na economia.