Oitavo ‘Festival Olímpico da Educação Infantil’ beneficia 23 mil alunos municipais

Foto: Mário Oliveira

“Para as crianças foi muito legal e gratificante participar deste festival, porque elas interagem e têm um desenvolvimento muito grande”.

O elogio é da dona de casa Eliane Brasil, 35, sobre a 8ª edição do “Festival Olímpico da Educação Infantil”, em quase 130 unidades de ensino da Prefeitura de Manaus, com ênfase para os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), além das creches e escolas municipais. Os filhos de Eliane Brasil são os estudantes Adam Brasil, 3, e Athos Brasil, 6, matriculados no Cmei Nossa Senhora Boa Esperança, no bairro Nova Esperança, zona Oeste, que estão entre os 23 mil alunos beneficiados com a ação em 2023.

Neste ano, a temática é “Jogando, brincando e interagindo no mundo da fantasia”, fazendo com as crianças adquiram novos conhecimentos de forma divertida e lúdica. Dessa forma, a ação incentiva a imaginação e desenvolvimento de habilidades importantes para a formação integral.

Essa atividade pedagógica é destinada a estudantes de 1 a 5 anos, com intuito de proporcionar atividades psicomotoras relacionadas ao conceito do “Olimpismo”, que valoriza amizade, compreensão mútua, igualdade e solidariedade.

Conforme a secretária municipal de Educação, Dulce Almeida, as ações pedagógicas na rede de ensino seguem as orientações da Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB), a qual determina que a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até cinco anos, nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social.

“As escolas da Semed são verdadeiros lugares do conhecimento, porque nelas ocorrem a mágica do saber, do conhecimento, do ser feliz, do respeito e cidadania. Para esse lindo festival, trabalhamos sob a recomendação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo que um dos eixos é ‘brincar’ para promover o autoconhecimento das crianças. Essa é a gestão do prefeito David Almeida, que sempre proporciona as melhores ações para os nossos estudantes”, compartilhou.

Coordenação

A iniciativa é coordenada pela Divisão da Educação Infantil (DEI), da Semed, por meio da “Caravana da Educação Infantil”, ação pedagógica com objetivo de desenvolver o trabalho psicomotor das crianças que estudam nos Cmeis.

“Praticamente todos os Cmeis participaram, também tivemos a participação do primeiro aninho das escolas fundamentais. A previsão é alcançarmos 130 ações dos festivais nos CMEIs, atendidos pela caravana. Então, nosso objetivo foi atingido, trabalhar o olimpismo, companheirismo, ‘Fair Play’ e além de atividades psicomotoras com essas crianças. Somos 23 professores de educação física que atuam como assessores do evento, orientando essas unidades”, explica a coordenadora da caravana e professora de educação física Natalie Faria.

Ela afirmou ainda que a equipe está muito feliz e satisfeita com a realização de mais uma edição desse festival, com destaque para o empenho e dedicação de todos os professores da educação infantil.

“O que mais marcou foi a participação das crianças com o envolvimento das professoras. A gente faz todo um planejamento e toda a organização do festival. Quando a gente chega nas escolas para ver, realmente, supera todas as expectativas. As professoras dão um show e a gente vê a participação das crianças nas interações e brincadeiras. Assim, a gente consegue atingir o nosso objetivo”, afirmou.

Etapas

Há oito anos, o Festival Olímpico foi incorporado ao calendário da educação infantil e se divide em dois momentos importantes. O primeiro foi a abertura, no dia 18 de maio, no Centro Integrado Municipal de Educação (Cime) Lucia Melo Ferreira Almeida, bairro Novo Aleixo, zona Norte.

A segunda etapa é a própria execução do evento nas unidades de ensino, sendo realizados os momentos da cerimônia de abertura e das provas lúdicas com estações, como circuito de vassoura, arco e flecha, mágica do labirinto, pulando as pedras no caminho, quadribol com balão, basquete, chute ao gol e atividades de coordenação motora.

Experiências

Uma das unidades de ensino que receberam o festival foi o Cmei Nossa Senhora Boa Esperança, no bairro Nova Esperança, zona Oeste, reinaugurado no mês de maio deste ano. A gestora dessa unidade escolar, responsável pelo atendimento de 203 crianças, compartilhou que a comunidade escolar possui um carinho muito especial com essa atividade pedagógica, devido a um fato que marcou todos os estudantes, pais e professores.

“Este Cmei tem um histórico com essa atividade, porque, no ano passado, nós estávamos ainda em reforma, após a pandemia, e mesmo assim esse festival aconteceu aqui. Houve uma grande comoção, porque mesmo esperando o prédio ser aprontado, a comunidade recebeu e acolheu o festival. Isso causou uma grande comoção, inclusive, na equipe da caravana”, declarou.

Aprovação

O Cmei Nossa Senhora Boa Esperança tem sido um espaço de mudança na vida da Família Brasil. A dona de casa Eliane Brasil, 35 anos, prestigiou a ação. Ela é mãe dos estudantes, Adam Brasil, 3 anos, e Athos Brasil, 6 anos, além do estudante Arthur Brasil, 8 anos, que já foi aluno desse Cmei e, agora, está matriculado na escola municipal Leonardo da Vinci, também no bairro Nova Esperança, zona Oeste.

“Esse já é o último ano do Athos, que ano que vem já vai ser transferido, e do Adam é o primeiro ano no Cmei. Para mim, é muito gratificante, como mãe, participar desse evento. Isso tudo contribui muito para o desenvolvimento dos meus filhos, para ajudá-los na interação com as outras crianças”, relatou a dona de casa.

Preparação

A professora do 1° período, Cláudia Silva Leite, detalha como foi a preparação da sua turma para o evento e a percepção dos pequenos sobre a execução da atividade.

“A gente teve uma preparação interessante, passamos atividades para eles, como vídeos, trouxemos pintura, história, para que eles entrassem no mundo lúdico e imaginário. Foi trabalhada toda a parte da imaginação, para eles poderem entender o momento que iam viver”, disse.

Ludicidade

A educação infantil é caracterizada pelo uso da ludicidade. Por meio do mundo da fantasia, as crianças podem criar histórias, imaginar personagens e situações, desenvolvendo habilidades como a criatividade, a curiosidade e a capacidade de resolver problemas.

“A ludicidade ela só vem ajudar a criatividade e a imaginação das crianças. Criança que imagina se desenvolve e vai ter uma forma de se expressar completamente diferente, porque ela vai usar primeiro a imaginação e a dramatização. Ela vai também se conhecer totalmente”, completou a professora Cláudia Silva Leite.

Outra educadora presente no evento foi a professora do maternal 3, Karinne Souza, responsável pelas crianças de 3 anos. A profissional ficou feliz em estar presente na ação, pois foi convocada recentemente do cadastro reserva do concurso público de 2017.

“Achei muito criativo. O lúdico é muito importante na educação infantil, ajuda no imaginário deles. O diferencial desse ensino é em relação à questão da imaginação nessa faixa etária. Então, trazer um pouco desse universo diferente que eles também fazem parte, ou seja, essa ‘quebra’ da rotina, para eles, é um momento gratificante, de alegria. Nós preparamos usando muita atividade de pintura, filme, então tudo isso a gente vem trabalhando também a questão da afetividade, deles saberem que eles estão num ambiente afetivo e de alegria”, finalizou a educadora.