Boa Vista – Neste ano, a zona rural da capital tem dobrado o número de cultivares de milho e soja, com novos ensaios para o campo, como a cultura do algodão, girassol, sorgo e a técnica do milho ionizado. Isso devido aos estudos que são feitos nos campos experimentais localizados na Associação Elifas Levi Veloso Filho (PA Nova Amazônia) para o aumento da produção.
Com apoio da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, foram plantadas 38 cultivares de milho e 40 de soja, o dobro do ano anterior. Há também três tipos de sorgos na área, 2 cultivares de biomassa, 2 de silagem e 4 de graníferos. Buscando ampliar ainda mais o campo de pesquisa e testar novas técnicas de plantio a prefeitura incluiu 4 cultivares de algodão e 3 de girassol.
Outra novidade que promete para 2020 é a cultura do milho ionizado, com o plantio de 4 hectares no campo. Esta técnica é diferenciada, consiste em colocar as sementes em uma manta quântica onde dispara energia vital para os grãos. Teoricamente, melhora a germinação, o vigor da semente, aumentando o ganho de produtividade.
“Temos vários lançamentos e vamos ver a adaptabilidade destes materiais aqui no estado de Roraima. Na questão milho, tivemos excelentes resultados o ano passado, vários produtores estão plantando em busca de uma produtividade maior, porque tem superado as médias do estado hoje. Várias empresas mostraram interesse em colocar seus materiais no campo, justamente para ter essa informação para a empresa e ao mesmo tempo passar para o agricultor”, explicou Fábio Guths, engenheiro agrônomo da SMAAI.
O campo experimental está em seu terceiro ano de trabalho em Boa Vista. O objetivo principal deste local é trazer informações para o agricultor, quanto a cultivares que ainda não estão sendo cultivadas no campo, e trazer novas culturas e alternativas. O local também é um verdadeiro campo de pesquisa para técnicos e estudantes de agronomia e profissionais da área.
Quem esteve esta semana no campo, estudando e conhecendo as culturas, foi a estudante de agronomia Emilly Silveira, de 21 anos.
“Nem todos os alunos têm a oportunidade de ter atividade de campo para praticar. Porque na nossa área precisa ter essa relação com o campo antes de sair da faculdade. Esse espaço é ótimo, a gente vai acompanhando passo a passo e eles têm todo o cuidado de ensinar como fazer o plantio e acompanhando todo o processo”, declarou.
Os campos experimentais foram desenvolvidos pela prefeitura por meio da SMAAI e apresentado na segunda edição da AgrofestBV, que aconteceu no final de julho do ano passado. A secretaria preparou em 2019, 19 cultivares de milho, 20 de soja e sorgo para produção de biomassa. Este ano, as áreas de produção foram ampliadas.
Os materiais são geralmente fornecidos por grandes empresas do segmento, multinacionais entre elas a Basf, Pioneer, For Seed, Morgan, Staine, uma empresa americana estreando no Brasil e a LG, que já está há um tempo no mercado.
Jornalista: Ceiça Chaves