A Coreia do Norte confirmou, nesta terça-feira (7), o teste bem-sucedido de um míssil hipersônico, reforçando sua intenção de expandir o arsenal nuclear do país. O lançamento foi acompanhado de perto pelo líder Kim Jong-un, que classificou a operação como uma “conquista crucial” para a segurança nacional e a defesa contra ameaças externas.
O teste ocorreu na segunda-feira, na capital Pyongyang, e o míssil percorreu 1.500 quilômetros antes de cair em águas entre a Península Coreana e o Japão, segundo a agência estatal KCNA. A distância superou em 400 quilômetros a estimativa inicial do Exército da Coreia do Sul, que havia detectado o lançamento.
Em discurso após a operação, Kim destacou que o avanço no desenvolvimento de armas hipersônicas é essencial para criar um arsenal “ao qual ninguém pode responder”. O líder norte-coreano reforçou que as iniciativas militares do país visam combater ameaças das “forças hostis” e garantir a soberania do Estado.
O teste ocorre em meio a crescentes tensões na região e reforça o compromisso de Pyongyang em acelerar seu programa de armamentos, apesar das sanções internacionais. A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenvolvimento de armas hipersônicas na Coreia do Norte, devido ao potencial dessas tecnologias de escapar de sistemas tradicionais de defesa antimísseis.
Analistas apontam que o teste representa mais um passo na corrida armamentista na Ásia, aumentando as pressões sobre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos para reforçar suas defesas e a cooperação militar na região.
