Israel declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “persona non grata” após ele fazer comparações entre as ações de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que essa designação só será retirada se Lula pedir desculpas e se retratar de suas declarações.
Lula fez a comparação durante uma entrevista em Adis Abeba, na Etiópia, onde participou da 37ª Cúpula da União Africana. Ele classificou as ações de Israel como “genocídio” e “chacina”, comparando-as ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas liderados por Adolf Hitler no século passado.
Essa declaração gerou uma reação forte de Israel, que considerou a comparação um “grave ataque antissemita” que profana a memória das vítimas do Holocausto. Mais de 24 mil pessoas já morreram no conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que começou no início de outubro de 2023.
O termo “persona non grata” é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. A decisão de Israel de declarar Lula como “persona non grata” reflete a tensão diplomática crescente entre os dois países devido às declarações do presidente brasileiro.
