Vacina AstraZeneca não protege contra variante da África do Sul

Vacina Oxford/AstraZeneca | Foto: REUTERS/Dado Ruvic
Vacina Oxford/AstraZeneca | Foto: REUTERS/Dado Ruvic

A África do Sul anunciou neste domingo (7) que suspenderá o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca em seu programa de imunização contra a Covid-19.

A decisão ocorre após a Universidade de Oxford informar dados que sugerem que duas doses da vacina fornecem “proteção mínima” contra a infecção leve e moderada da variante identificada pela primeira vez na África do Sul.

O ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, disse neste domingo que o governo aguardará o conselho dos cientistas sobre a melhor maneira de proceder, após resultados decepcionantes de um teste conduzido pela Universidade de Witwatersrand.

O governo pretendia distribuir a vacina da AstraZeneca aos profissionais de saúde em breve, depois de receber 1 milhão de doses produzidas pelo Serum Institute da Índia na segunda-feira.

Em vez disso, ela oferecerá as vacinas desenvolvidas pela Johnson & Johnson e Pfizer nas próximas semanas. Para especialistas, no entanto, a vacina da AstraZeneca também poderia ser distribuída.

“O que isso significa para o nosso programa de vacinação, que dissemos que começará em fevereiro? A resposta é que continuará”, disse Mkhize em entrevista coletiva online.

Proteção mínima

A neutralização viral contra a variante B.1.351 foi “substancialmente reduzida” quando comparada à cepa anterior do coronavírus, de acordo com um comunicado à imprensa feito pela universidade.

O estudo incluiu cerca de 2.000 voluntários com idade média de 31 anos; cerca de metade recebeu a vacina e a outra metade, um placebo. A eficácia da vacina contra a Covid-19 grave, hospitalização e morte não foram avaliadas.